CEE Caixa volta a cobrar avanços nas negociações com a direção da empresa

A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa se reuniu nesta quarta-feira (28), em Brasília, com a direção da empresa para mais uma rodada da mesa de negociação permanente. Em pauta, temas de grande impacto para os trabalhadores, como o Saúde Caixa, a situação dos caixas e tesoureiros, o intervalo 10/50 e o Programa de Gestão TEIA.

Logo na abertura da reunião, a CEE protestou contra a manutenção do teto de 6,5% para o custeio do Saúde Caixa, previsto no estatuto da empresa. A não retirada do limite frustrou os mais de 87 mil empregados e reforçou a urgência em avançar nas negociações específicas sobre o plano de saúde.

Outro ponto de forte insatisfação foi o encerramento, por parte da Caixa, das negociações sobre as funções de caixas e tesoureiros. A empresa não apresentou resposta às propostas encaminhadas pelo movimento sindical desde novembro de 2024, tampouco trouxe novos encaminhamentos. Diante disso, a CEE lamentou a postura da direção e reivindicou que nenhuma mudança no Plano de Funções Gratificadas (PFG) seja implementada sem negociação prévia, solicitando ainda a manutenção da situação atual para evitar prejuízos aos trabalhadores. Confira abaixo outros pontos discutidos:

Caixa Digital

Em relação ao Programa de Gestão TEIA, a Caixa informou que está tratando os casos individualmente e garantiu que os empregados que optarem por deixar o programa poderão retornar às suas funções originais.

Telefonistas

Sobre a situação das telefonistas terceirizadas, que haviam sido informadas de uma possível demissão, a Caixa respondeu que o processo segue suspenso por prazo indeterminado.

Comitês de Saúde

A empresa também apresentou um cronograma para a implementação dos Comitês de Credenciamento do Saúde Caixa. A previsão é que os comitês sejam instituídos na primeira quinzena de julho. Para São Paulo (capital e interior), a data indicada é 15 de julho.

Calendário

Ao final da reunião, a CEE solicitou a definição de um calendário mais frequente para os encontros da mesa de negociação, com prioridade para a resolução das pendências do Saúde Caixa.

Avaliação

Para Tesifon Quevedo Neto, representante da Feeb SP/MS na CEE Caixa, o encerramento unilateral das negociações sobre as funções de caixas e tesoureiros, após mais de 250 dias de ime, é mais um duro golpe à categoria. “É mais uma frustração imposta aos empregados, logo após a decepção com a manutenção do teto de 6,5% no estatuto. Vamos precisar de muita mobilização dos empregados se quisermos conquistar algum avanço”, avaliou.

Com informações da Federação dos Bancários de SP e MS